Meu Jatobá, de José Freire

José Freire, 75 anos, agricultor e poeta.

Jatobá, torrão amado

Um lindo céu anilado

E altivas serras azuis

Quando o sol tomba ao poente

Colore suavemente

Com pinceladas de luz

Jatobá, hoje tão bela

Nem parece mais aquela

Que em mente ainda vive

Quando chegaram os forasteiros

Eles foram os primeiros

A chamar Cidade Livre

Onde antes era cascalho

Que só se ouvia o chocalho

Do animal que pastava

Hoje é rua, é avenida

Hoje é praça colorida

É o Jatobá que sonhava

Jatobá, que linda imagem

Com essa grande barragem

Que engrandece o sertão

Jatobá dos pioneiros

Nossos grandes barrageiros

Foram os reis da construção

Tem a nossa tradição

Tem a festa de são João

Onde o povo se diverte

Também tem o arrasta-pé

Tem quadrilha Fogo-no-pé

E tem as Raízes do Nordeste

Tem também Itaparica

Bonita, rica

Que a chesf construiu

Tem também Aparecida

Essa mulata querida

Padroeira do Brasil

José Freire, Jatobá, 2005